Parte 3 – CONTRIBUTOS INOVADORES PARA UMA ABORDAGEM TEÓRIA À CONSTRUÇÃO DE PROJETOS DE VIDA DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL/PROFISSIONAL

Apresentam-se seguidamente os conceitos e princípios teóricos de abordagens que especificamente se detêm em projetos de vida de populações com vulnerabilidade. A análise específica de cada uma destas teorias e a sua inter-relação constitui o ponto de partida para a elaboração do racional em que o projeto se fundamenta.

A construção de projetos de vida na perspetiva da Teoria dos Sistemas

A Teoria dos Sistemas consiste “num mapa concetual e prático” (McMahon & Patton, 2006, p. 94) para a atuação de utilizadores no âmbito do apoio à construção de projetos de vida. Considerada uma das teorias mais práticas, úteis e flexíveis da atualidade, possui como uma das suas características mais distintivas o facto de reconhecer a individualidade de cada cliente e ser culturalmente inclusiva, podendo assim aplicar-se numa grande diversidade de contextos internacionais (Patton & McMahon, 1997; Patton, McMahon, & Watson, 2006, McMahon, Watson, Chetty, & Hoelson, 2012). Além disso, esta teoria constitui-se como uma abordagem sistémica na medida em que assume a perspetiva do “indivíduo em contexto” (McMahon, Watson, & Patton, 2014, p. 30), isto é, o indivíduo é um todo de partes (variáveis e contextos) que interagem e, neste sentido, o todo torna-se mais do que a soma das suas partes. Por este motivo, todas as variáveis do indivíduo e dos contextos em que ele está inserido, são tidos em consideração no processo de intervenção.

Estando ancorada numa grande diversidade de outras abordagens de desenvolvimento de carreira, coloca o seu foco no processo (e.g., Teoria do Espaço de Vida de Super) e no conteúdo (Teoria da Personalidade e dos Ambientes Vocacionais de Holland) da construção de projetos de vida, que fomentem o bem-estar dos indivíduos e das nações, num mundo em constante mudança. Esta teoria, e consequente modelo de intervenção, consideram três sistemas principais:

  1. O sistema individual, constituído por um conjunto de fatores intrapessoais com influência no desenvolvimento de carreira, tais como, idade, saúde, crenças, autoconceito, etnia, personalidade, interesses, capacidades, atitudes, género, e orientação sexual;
  2. O sistema social, constituído por todos os contextos mais próximos em que o indivíduo está inserido, e com os quais interage, tais como, pares, família, media, grupos comunitários, instituições educativas, e locais de trabalho; e,
  3. O sistema ambiental/contextual, que engloba os contextos mais amplos, tais como, localização geográfica, decisões políticas, tendências históricas, globalização, e mercado de trabalho.

Estes sistemas (1, 2 e 3) estão em constante interação, num processo contínuo e dinâmico, através da estreita interligação entre três dimensões temporais – passado, presente e futuro. Neste sentido, é fundamental a promoção da consciência acerca do padrão único de influência que esses grupos/contextos podem ter no indivíduo, ao longo de todo o ciclo de vida.

O processo de apoio à construção de projetos de vida deve ser entendido como um processo aberto, circular e recursivo, em que os diferentes sistemas se influenciam, e são influenciados mútua e constantemente, devido à permeabilidade das suas fronteiras. Além disso, este é um processo influenciado pelo acaso, uma vez que as vidas (carreiras) se tornaram instáveis, imprevisíveis e dinâmicas, fruto de um mundo contemporâneo também ele cada vez mais instável, imprevisível e dinâmico. Assim, o processo de ajuda exige, do ponto de vista do indivíduo, uma postura ativa, reflexiva, e de atribuição de significados (de acordo com uma abordagem construtivista à carreira), e do ponto de vista do utilizador, uma postura colaborativa, na construção e atribuição de significados, encorajando a revisão, reflexão e reorientação na vida (carreira). Deste modo, cliente e utilizador vão co construir o significado da vida (carreira) para aquele cliente, usando uma abordagem narrativa, isto é, a construção de histórias de vida.

Importa referir que, o cliente possui um sistema individual e social próprio, mas esta teoria incorpora também o sistema individual e social próprios do utilizador, considerando que estes sistemas interagem entre si durante todo o curso da intervenção. Este processo de apoio permite ao indivíduo desempenhar um papel ativo na construção das suas identidades futuras (agência pessoal), no contexto de um tempo e espaço de reflexão seguro (reflexão), em que o utilizador promove a relação deste com os diversos sistemas em que ele se insere (conexão), através da atribuição de significados às influências das variáveis dos diversos contextos (atribuição de significados), e da identificação de padrões de funcionamento repetitivos entre contextos (aprendizagem) (McMahon, Patton, & Watson, 2015, p. 151).

A figura 1 apresenta o sistema individual e social do cliente, o sistema individual e social do utilizador, e o sistema relacional construído a partir da interação entre ambos. Todos estes sistemas estão integrados, por sua vez, num sistema contextual/ambiental mais amplo que concerne ao país, suas leis, normas, valores e cultura e que afetam, de forma muito particular, os sistemas anteriormente mencionados. A par disto, é importante considerar que os sistemas individual, social, e ambiental de cliente e utilizador são influenciados por um passado, um presente, e uma antecipação de futuro, pautados por recursividade e acaso.

Figura 1.  Teoria dos Sistemas (Fonte: Live2Work)

A construção de projetos de vida na perspetiva da Abordagem Ecológica

A Abordagem Ecológica fundamenta-se numa diversidade de construtos, processos e instrumentos que derivam de diferentes teorias, com a finalidade de efetivar a mudança. Por conseguinte, apresenta uma visão meta-teórica, pragmática e eclética do processo de apoio à construção de projetos de vida, considerando que a multiplicidade de fatores complexos que influenciam o comportamento humano (e.g., os fatores biológicos, ambientais, socioculturais) não é compatível com um único modelo teórico explicativo.

Apesar deste facto, há um modelo teórico que sobressai pela sustentação que fornece ao desenvolvimento da abordagem ecológica. Trata-se da teoria do ecossistema de Brofenbrenner (1992), que salienta o conjunto de interações da pessoa com diferentes níveis do ambiente físico e social. Estes níveis incluem (Figura 2):

  1. O microssistema: todas as pessoas com as quais se possui uma interação de grande proximidade e que, por este motivo, exercem uma influência mais significativa no desenvolvimento (e.g., família, grupo de pares, escola, local de trabalho);
  2. O mesossistema: relações que se estabelecem entre os microssistemas, tais como, família-trabalho, pais-pares, casa-escola;
  3. O exossistema: sistemas distais, nos quais a pessoa não tem uma participação direta, mas que, de algum modo, podem influenciá-la através das suas ações e decisões (e.g., as flutuações do mercado de trabalho, as decisões políticas, as alterações no sistema de saúde); e,
  4. O macrosistema: sistemas mais amplos que contêm as regras, normas, princípios e valores morais, sociais, políticos e ideológicos, e aos quais todos os outros níveis são permeáveis (Conyne & Cook, 2004, p. 16).

Todos estes sistemas constituem a “soma total de influências interativas que operam na vida de uma pessoa” (Conyne & Cook, 2004, p. 11). Além destes níveis, o autor da teoria (Bronfenbrenner, 1992) refere ainda a existência de um “cronossistema”, que consiste na dimensão temporal transversal aos diferentes níveis anteriormente mencionados.

A Abordagem Ecológica fundamenta-se em três pressupostos básicos para explicar que o comportamento humano é resultado da interação da pessoa com o seu ambiente (B = f (P x E); Lewin, 1936). As análises do comportamento exclusivamente a partir da pessoa (e.g., genes, personalidade), ou exclusivamente a partir do ambiente (e.g., cultura, política) são restritivas, uma vez que é na interação recíproca da pessoa com o ambiente, real e percebido, que o comportamento é verdadeiramente compreendido.

Por conseguinte, o comportamento humano é:

  • Contextualizado: partindo do conceito de ecossistema de Brofenbrenner, o ser humano está enraizado nos seus múltiplos ambientes (ecologia) e depende deles para o seu sustento e apoio (Conyne & Cook, 2004), pelo que nenhuma variável (e.g., raça, género) pode ser analisada isoladamente, ou sem considerar o tempo e o espaço;
  • Interacional: a pessoa (constituída por sentimentos, pensamentos, emoções e comportamentos) e o ambiente (familiar, social, histórico, cultural, económico, político) vivem sob um determinismo recíproco, de acordo com a qual a pessoa está imbuída num ambiente complexo e multi-camadas de relações que, por sua vez, promovem o seu desenvolvimento através de interações recorrentes, sendo que o papel do técnico será o de colocar o foco da sua intervenção na interação, isto é, na relação causa e efeito, entre a pessoa e o ambiente; e,
  • Significativo: usando recursos e oportunidades fornecidas pelos ambientes, as pessoas procuram viver vidas significativas. O significado que elas atribuem às suas experiências resulta da interação com o seu ambiente específico, físico e social. Neste sentido, a “verdade” não interessa objetivamente, uma vez que o foco está colocado na verdade interna, isto é, no significado, na interpretação que cada pessoa atribui à sua experiência (construído pelo pensamento e pela linguagem).
Figura 2. Abordagem Ecológica (Fonte: Live2Work)

O apoio à construção de projetos de vida, de acordo com a abordagem ecológica, “é um apoio contextualizado, dependente do significado que as pessoas atribuem às suas interações com o meio” (Conyne & Cook, 2004, p. 6). Contrariamente à Teoria dos Sistemas, que aborda o sistema como um todo, a abordagem ecológica foca a relação entre a pessoa e os seus ambientes, e qualquer intervenção é desenvolvida a nível individual, dentro de um conjunto específico de influências contextuais. Neste sentido, o utilizador irá “concetualizar as diversas possibilidades [para a construção dos projetos de vida] e, com os seus clientes, planear intervenções que os irão ajudar a alcançar os seus objetivos, com os recursos que eles podem gerir” (Conyne & Cook, 2004, pp. 9-10).

Figura 2. Abordagem Ecológica (Fonte: Live2Work)

A construção de projetos de vida na perspetiva da Teoria do Caos

A Teoria do Caos aplicada à carreira considera que a realidade é constituída por sistemas complexos, abertos e dinâmicos – sistema individual e sistemas contextuais. Estes diferentes sistemas sofrem influências contínuas, que podem ser de dois tipos: estabilidade e mudança. Estas influências tanto podem ocorrer no indivíduo, como no contexto, ou na relação entre ambos. O comportamento dos sistemas é aperiódico, ou seja, fruto da ordem e do acaso, e por isso é simultaneamente imprevisível e auto-organizador. Quanto mais complexo o sistema, maior o impacto das mudanças nas condições iniciais (efeito borboleta – dependência das condições iniciais), mas uma mudança numa parte do sistema não tem necessariamente um impacto direto noutras partes do sistema (não-linearidade).

A teoria estrutura-se em 4 conceitos principais:

  1. Complexidade: corresponde à multiplicidade de fatores/ variáveis endógenos ou exógenos, que influenciam o desenvolvimento vocacional no geral, e a tomada de decisão de carreira em particular (e.g., pais, amigos, professores, mercado de trabalho, género, orientação sexual, política, clima, saúde, cultura); estes fatores têm uma natureza dinâmica, no sentido em que estão continuamente, e de forma imprevisível, a oscilar entre estabilidade e mudança, e além disso têm uma natureza interativa, no sentido em que se relacionam e influenciam reciprocamente;
  2. Mudança: os sistemas são sensíveis à mudança, por conseguinte, o indivíduo está em constante mudança, o contexto está em constante mudança, e a relação entre indivíduo e contexto está em constante mudança (conceito de determinismo recíproco); esta mudança, geralmente recursiva e não-linear, pode ser trivial, e ter poucas repercussões na vida/carreira da pessoa, mas também pode ser profunda/ complexa e ter repercussões de várias ordens, exigindo, por conseguinte, da pessoa uma maior capacidade de adaptação;
  3. Acaso: relacionado com a incapacidade de predizer e controlar o que acontece dentro dos sistemas, seja no sistema individual, seja no sistema contextual, seja na relação entre ambos; a imprevisibilidade e instabilidade passam a ser a norma nas vidas/ carreiras contemporâneas, e salientam a limitação do conhecimento e do controlo humanos; a existência de acontecimento de vida não-planeados coloca em risco a tomada de decisão racional; e,
  4. Construção/ conexão: perante a incapacidade de predizer e de controlar os acontecimentos, as pessoas devem ser ativas no processo de construção dos seus projetos de vida, rejeitando o determinismo da causa-efeito.

A este respeito, os autores consideram que a mudança pode ocorrer do seguinte modo:

  • Atratores: representam os limites do sistema, influenciam o indivíduo e determinam o seu comportamento mais provável face à mudança; incluem situações em que o sistema só pode seguir uma determinada direção bem definida (objetivo); em que o sistema só pode mover-se entre dois pontos (escolha do tipo “ou isto” “ou aquilo”; aproximação-evitamento; pensamento dicotómico) sem considerar outras possibilidades; em que o sistema pode mover-se por uma série de pontos definidos que se repetem ao longo do tempo (padrões habituais de fazer as coisas); ou em que o sistema é caótico, repetindo padrões antigos, mas não necessariamente do mesmo modo, havendo alguma possibilidade de mudança não linear e radical;
  • Fractais: são padrões dinamicamente estáveis, isto é, a mudança na vida/ carreira do indivíduo, ainda que imprevisível, ocorre de forma constante, de acordo com um padrão auto-semelhante, ao longo do tempo (e.g., tendências de mercado de trabalho, influencias familiares);
  • Não linearidade: desproporcionalidade na causa-efeito, isto é, pequenas mudanças nos sistemas complexos dinâmicos têm o potencial de resultar em mudanças desproporcionais noutras partes do sistema (e.g., uma pequena mudança numa parte de um sistema dinâmico complexo pode gerar uma grande mudança dentro do sistema e para além dele); é também conhecido como “efeito borboleta”, impossibilitando a realização de previsões a longo prazo;
  • Emergência: identificação de novos padrões a partir de um conjunto de eventos aparentemente aleatórios nos sistemas complexos dinâmicos ao longo do tempo; e,
  • Mudanças de fase: quando a configuração de um sistema se altera radicalmente, na sua estrutura ou funcionamento, de forma gradual (e.g., formação académica) ou abrupta (e.g., despedimento).

Nesta abordagem, um projeto de vida é uma propriedade emergente da interação da pessoa com os seus contextos, que podem incluir outras pessoas, organizações, cultura, legislação e contextos sociais (Bright & Pryor, 2011; Pryor & Bright, 2014. A Teoria do Caos considera, no seu âmago, que a construção de projetos de vida deve englobar dimensões previsíveis e imprevisíveis. Assim, utilizador e cliente colocam o foco numa realidade incerta e imprevisível, tendo de assumir duas posturas predominantes no âmbito do seu processo colaborativo: convergência e emergência. A perspetiva da convergência foca-se naquilo que é estável, provável, e controlável, ou seja, informação académica, formativa, profissional. A perspetiva emergente foca-se no imprevisível, instável e dinâmico, ou seja, na adaptabilidade, na resiliência, na espiritualidade, e na resposta ao fracasso.

A construção de projetos de vida na perspetiva dos Modelos de Gestão Pessoal da Carreira

Os Modelos de Gestão Pessoal da Carreira consideram que o processo de construção de projetos de vida/ carreira é, fundamentalmente, um processo de resolução de problemas e tomada de decisão que ocorre de forma cíclica, sistemática e intencional ao longo de todo o ciclo de vida de um indivíduo (Taveira & Rodriguez-Moreno, 2009). Existem diversos modelos, mas de uma forma geral, todos consideram que este processo é constituído, mais ou menos, pelas seguintes etapas (Figura 3):

  1. Exploração: conjunto de atividades de procura, análise e interpretação de informação relativa à carreira, isto é, informação relativa a dimensões pessoais, tais como, características da personalidade, gostos e interesses pessoais e profissionais, valores de vida, e competências, e informação relativa aos diferentes contextos em que a pessoa se insere (e.g., contexto político, económico, e social);
  2. Definição de objetivos: consiste em determinar, de forma clara, concreta, realista e avaliável, a curto, médio, e longo prazo, e para os diferentes papéis de vida, as metas ou resultados que a pessoa se propõe atingir no âmbito da sua vida/ carreira;
  3. Delineamento e implementação de planos de ação: identificação e colocação em prática de um conjunto de atividades, estratégias, e comportamentos em que a pessoa terá que se envolver, com a finalidade de aumentar a probabilidade de obtenção dos seus objetivos de carreira (Greenhaus & Callanan, 1994); e,
  4. Obtenção de feedback e avaliação: consiste em verificar se se os objetivos de carreira inicialmente propostos foram (ou não) alcançados (Pinto & Taveira, 2010), atribuindo um cariz cíclico ao processo de gestão de carreira (King, 2001).

Figura 3. Modelo de gestão pessoal da carreira (Fonte: Live2Work)

Conclusões sobre os contributos das quatro abordagens na construção de projetos de vida

As quatro teorias apresentadas têm em comum o fato de destacarem a agência pessoal no processo de construção de projeto de vida. Estas teorias consideram que as condições do mercado de trabalho mudaram de forma significativa. Enquanto no passado os empregadores detinham a responsabilidade principal pela gestão de carreira dos seus empregados, numa lógica de emprego vitalício, hoje em dia, essa responsabilidade recai quase exclusivamente sobre os indivíduos/ empregados, cabendo-lhes o desenvolvimento das suas carreiras nos contextos de várias organizações ao longo de toda uma vida, podendo inclusive passar por períodos em que nem sequer fazem parte de qualquer atividade/ organização/emprego. Desta forma espera-se que os utilizadores finais deste Manual apoiem os seus participantes na aquisição de novas competências para que no futuro ele/ela resolva problemas e tome decisões, conscientemente informado/a, na concretização e construção do seu projeto de vida.

Essas quatro teorias são alguns dos escassos recursos disponíveis para apoiar os utilizadores finais do Live2Work que intervêm na prática, inspirados e apoiados por teóricos que levam em consideração as preocupações da justiça social no contexto da construção de projetos de vida. As abordagens tradicionais para gerir questões de vida / carreira têm reconhecido mérito, mas, dado o ambiente imprevisível e caótico vivenciado hoje, não são mais suficientes. Cada uma das abordagens teóricas apresentadas apoia, por um lado, o utilizador final, ajudando-o a intensificar o desenvolvimento de competências para assumir diferentes funções, como defensor, consultor e empoderador da comunidade. Por outro lado, ajudam o participante a reconhecer as barreiras estruturais que impedem seu desenvolvimento e a superá-las, a fim de se beneficiar de influências imprevisíveis na sua carreira.

A reter

A construção de projetos de vida na perspetiva da Teoria dos Sistemas

Reconhece a individualidade de cada cliente, é culturalmente inclusiva e pode ser aplicada numa grande diversidade de contextos internacionais

Constitui uma abordagem sistémica na medida em que assume a perspetiva do “indivíduo em diversos sistemas”

  • Sistema individual
  • Sistema social
  • Sistema ambiental/contextual
  • Processo:
  • Aberto, circular e recursivo
  • Permeabilidade das suas fronteiras
  • Influenciado pelo acaso
  • Agência pessoal
  • Reflexão
  • Conexão
  • Atribuição de significados
  • Aprendizagem

A construção de projetos de vida na perspetiva da Abordagem Ecológica

Multiplicidade de fatores complexos que influenciam o comportamento humano que não é compatível com um único modelo teórico explicativo.

  • Teoria do ecossistema de Bronfenbrenner (1992)
  • Microssistema: e.g., família, grupo de pares, escolar, local de trabalho;
  • Mesossistema: relações entre família-trabalho, país-pares, casa- escola;
  • Exossitema: e.g., as flutuações do mercado de trabalho, as decisões políticas, as alterações no sistema de saúde;
  • Microssistema: e.g., moral, social, political, and ideological rules, norms, principles and values
  • Cronossitema: dimensão temporal – passado, presente e futuro
  • O comportamento humano é
  • Contextualizado
  • Interacional
  • Significativo
  • A intervenção na construção de projetos de vida “É um apoio contextualizado, dependente do significado que as pessoas atribuem às suas interações com o meio”

A construção de projetos de vida na perspetiva da Teoria do Caos

A realidade é constituída por sistemas complexos, abertos e dinâmicos – sofrem influências contínuas, que podem ser de dois tipos: estabilidade e mudança

  • Complexidade
  • Mudança
  • Acaso
  • Construção/conecção

A mudança pode ocorrer do seguinte modo:

  • Atratores
  • Fractais
  • Não-linearidade
  • Emergência
  • Mudança de fase

Colocam o foco numa realidade incerta e imprevisível, tendo de assumir duas posturas predominantes no âmbito do seu processo colaborativo: convergência e emergência.

A construção de projetos de vida na perspetiva dos modelos de Gestão Pessoal da Carreira

O processo de construção de projetos de vida/ carreira é, fundamentalmente, um processo de resolução de problemas e tomada de decisão que ocorre de forma cíclica, sistemática e intencional ao longo de todo o ciclo de vida de um indivíduo.

  • Exploração
  • Definição de objetivos
  • Delineamento e implementação de planos de ação
  • Obtenção de feedback e avaliação
  • Responsabilidade pessoal